O livro que vos apresento hoje só existe graças a um erro médico. Erro
no qual o autor Anthony Burgess foi alertado que lhe restavam poucos dias de
vida. Pensando no bem-estar de sua esposa, Anthony resolveu escrever dez
livros, mas só conseguiu concretizar cinco e “meio”, e justamente esse “meio” é
Laranja Mecânica.
Embora não
possuísse diploma na área, Burgess tinha dom para linguística e foi por meio de
muitos estudos e pesquisas, realizadas nas ruas da Inglaterra, que desenvolveu
a gíria nadsat, usada por Alex e sua gangue. A edição mais recente do livro contém
o glossário nadsat e foi reimpressa pela Editora Aleph, com tradução de Fábio
Fernandes.
Agora, embarcando
no contexto da obra, Laranja Mecânica é uma história do gênero ficção
cientifica e se enquadra como uma distopia. O livro narra a vida de Alex, um
“playboy”, “filhinho de papai” do tipo garoto problemático, sem limites, que
não quer saber de trabalhar e nem de estudar. Ele dorme o dia inteiro e durante
a noite sai com sua gangue para cometer atrocidades como: estupros, agressão a
mendigos e depredação de patrimônio público.
Em determinado
momento, Alex é traído por seus amigos, pego em flagrante e preso. Na cadeia, é
exposto a um tipo de “cura” de caráter, um tratamento que consiste em violência
física e moral ao paciente. A história, além de futurística, envolve questões
relacionadas à liberdade e psicologia. Vale a pena ler!
Laranja Mecânica – o filme
Por Rosa Rezende
Revisão Miguel de Assis